Os PaTTos Bravos – Associação Todo o Terreno de Águeda tinham lançado um desafio com a abertura das inscrições para o 1º Rota do Espumante a realizar em 16/10/2010. Foi nuns inolvidáveis 105 carros e 270 pessoas que se traduziu a adesão a esta inovadora iniciativa na região.
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Ainda o sol quase não tinha dito bom dia e já os portões do Estádio Municipal de Águeda se abriam. Não era dia de jogo, mas seria dia de casa cheia. Foi a partir das 08:30 que começaram a chegar as primeiras viaturas que participavam no passeio e que depressa preencheriam o espaço contornando o relvado. Hoje o espectáculo era outro. Foram recebidos com pompa e circunstância as pessoas que se deslocaram a Águeda com proveniência de todo o nosso país. De destacar ainda a presença de sete viaturas espanholas que, com grande impacto, foram descarregadas de dois camiões TIR para participar no evento.
Foi no Estádio que puderam os inscritos no passeio contribuir com donativos para a CERCIAG procurando ajudar quem precisa e dar mais um contributo positivo à sociedade.
Concluídas as inscrições e com o estômago reconfortado pelo pequeno-almoço fornecido, os condutores começaram a soltar os rugidos dos jipes ansiosos por partir à descoberta do percurso que os esperava.
Com navegação por road - book, todos puderam percorrer caminhos que contemplavam as mais variadas paisagens e características da região. Com início em caminhos lentos mas de dificuldade reduzida e depois mais rolantes e de beleza acrescida, os veículos deslocaram-se através de vinhedos de extensão considerável e mistura de cores fora do comum.
A primeira paragem viria a ser na Quinta do Encontro em S. Lourenço do Bairro que, quer pela beleza arquitectónica e paisagens circundantes, quer pelos sabores do espumante, todos deixou maravilhados. Seguiu-se a Quinta da Bágeiras na Fogueira. Também aqui foi fácil perceber a satisfação dos visitantes que degustavam o espumante ao som das sábias e pertinentes explicações do Sr. Mário Sérgio relativas ao vinho rosé servido.
A uns escassos 800 metros, viria a ser realizado o almoço na Quinta de Santo António. Numa tradicional refeição bairradina, após as entradas e sopa, foram os rojões que fizeram as delícias de quem se sentava à mesa. Concluída a sobremesa e tomado o café, todos estavam prontos para a etapa da tarde.
Começaria então com uma visita à Casa de Saima esta etapa. Aqui pôde-se provar o espumante de fabrico tradicional e inconfundível paladar. Não se poderia pedir melhor inicio para o que faltava da jornada.
A uns curtos 10 km’s de distância, eis que nos aguardavam as Caves Primavera. Foi com o gosto do belo néctar típico da Bairrada que se verificou uma vez mais a inata arte de bem receber da região. Por entre histórias e agradáveis conversas, conseguiu o Sr. Pedro Almeida fazer com todos se sentissem em casa. Não foi alheio a este facto, o acordeão e cantoria do Sr. Luis que marcou o compasso do dia.
Serviram todas as provas e visitas para se verificar definitivamente que o espumante português nada deve ao proveniente de outros países.
Com o aproximar do final do percurso, aproximava-se também a pista de trial. Seria aqui que se juntariam uma vez mais as viaturas participantes. A organização delineou um percurso de dificuldade elevada que permitiu que centenas de pessoas que acorreram ao local usufruíssem de um espectáculo singular onde as leis da física eram persistentemente postas á prova. Valeu a preciosa ajuda do Sr. António Trindade que com uma máquina deu uma mãozinha aos que não conseguiram superar os obstáculos preparados num misto de terreno barrento e alguma água.
Muitos eram os que pediam que as manobras na pista se prolongassem pela noite dentro quando chegou a hora de jantar. A caravana seguiu rumo à Quinta J. Cruz em Barrô onde foi recebida por um engalanado porteiro. No interior da quinta, puderam os participantes saciar-se de novo com os sabores típicos da região. Após variadas entradas, entrou em cena o leitão, assado pelo Sr. Jorge do Restaurante Pérola do Vale, que acompanhado pelo vinho espumante permitiu fechar com chave de ouro.
Para os mais resistentes, o 1º Rota do Espumante continuou na festa que a organização havia preparado no Santa Loucura Bar. Houve mesmo quem tivesse de ser convencido pelo Sol do novo dia que era hora de se render ao descanso e sonhar com a realização da próxima edição.
Aproveita a organização para agradecer a todos os que se quiseram envolver e associar ao projecto assumindo particular destaque todas as caves, Câmara Municipal de Águeda, Santa Casa da Misericórdia, Bombeiros de Águeda e, claro, todos os inscritos. Serão igualmente bem recebidos na 2ª edição!